É a grande luta dos trabalhadores contra a crise capitalista no Brasil!
Abaixo a frente popular do PSTU etc. com o PT e a burguesia!
Construir conselhos de trabalhadores e autodefesas para defender a
classe das forças do Estado!
Pela Greve Geral para unir o proletariado e lutar por um Governo
Operário e Camponês!
Desde a abertura da nova crise mundial em 2007, o Brasil sofreu um duro
golpe no seu crescimento econômico, compartilhado por todos os outros BRICS,
menos a China e a Rùssia, que são potências imperialistas ascendentes, que
estão transformando os outros BRICS em semicolônias. DIante da crise, os
trabalhadores começam a lutar para não pagá-la com a perda dos seus salários e
demissões em massa. Todos os trabalhadores começam a ver a necessidade da
união, mas como ela vai acontecer? Com medo dos trabalhadores se unirem pela
base, os partidos reformistas e centristas e os burocratas de esquerda nos
sindicatos lidam com a nova militância e a exigência de unidade com uma
estratégia de contenção, a "tática de unidade de ação", que significa
unidade com a burocracia dominante. Mas eles não esperavam que um movimento de
massas fosse se levantar contra a Copa do Mundo, no coração do plano do
imperialismo e do regime de frente popular do PT para fazer os trabalhadores
brasileiros pagarem pela crise capitalista global!
Os burocratas tentam prender os trabalhadores à frente popular com a
"tática de unidade de ação".
O PSOL demonstrou há muito tempo a sua capitulação ao governo de frente
popular, com a sua unidade com a burocracia sindical, e com os partidos
burgueses nas eleições. A unidade do PSTU com a burocracia começou há 6 anos
atrás, no sindicato dos professores do Rio Grande do Sul, através da estratégia
de contenção da "tática de unidade de ação". Ela foi implementada em
várias eleições sindicais em todo o país. As experiências com essa tática estão
mostrando que ela serve pra fortalecer a burocracia e promover a versão PSTU do
governo de frente popular.
O PSTU foi mais além com a "tática de unidade de ação" com a
burocracia e estendeu essa tática a uma frente nacional nos sindicatos, o
Espaço de Unidade de Ação. Essa frente popular nacional foi formada há 2 anos
atrás, e ganhou apoio em várias atividades e encontros, incluindo o que
levantou a palavra de ordem contra a Copa, "Na Copa vai ter luta". A
direção do PSTU alegou que essa tática era importante para unir a esquerda.
Apesar do nome, não se trata de unidade para uma ação específica, e sim uma
frente popular organizada onde os grupos compartilham um programa de reformas
comum, prendendo os trabalhadores à CUT e ao PT.
A "esquerda" marxista
no Brasil, como em todo lugar, continua muito fragmentada, mas não vê problema
em se unir debaixo das bandeiras da CUT. Por exemplo, na educação, enquanto o
governo aplicava o seu plano de privatização, o PNE (Plano Nacional de Educação),
os professores estavam em greve em todos os Estados do país e lutar em escala
nacional era uma necessidade reconhecida por todos. Mas a burocracia não chamou
a unificação das greves. A CUT terminou chamando uma greve a favor do PNE,
então os trabalhadores ficaram presos novamente na "tática de unidade de
ação", aplicada pela esquerda da frente popular.
Quanto mais a luta de classes se intensificava no período, mais a
burocracia traidora de esquerda tentava prendê-la à frente popular da CUT e do
PT. Essa tática, iniciada pelo PSTU no movimento sindical, levou a uma frente
eleitoral com o partido governista PCdoB nas eleições burguesas de 2012, na
cidade de Belém. Agora o MES/PSOL entrou na central sindical CSP-CONLUTAS para
promover o Espaço de Unidade de Ação.
A Copa do Mundo: um plano do imperialismo e da burguesia nacional para
fazer os trabalhadores pagarem pela crise
A Copa levou a luta de classes a um auge. Ela aprofundou as contradições
de classe no Brasil, já que os patrões a usaram para resolver a crise com
violência, fazendo investimentos em serviços de infraestrutura que não vão
durar depois dela e, ao mesmo tempo, esmagando a resistência da classe
trabalhadora ao ataques aos seus bairros, seus direitos básicos e suas vidas.
Nenhuma organização resolveu adotar a palavra de ordem das massas como
eixo de intervenção no movimento. A CST/PSOL (UIT) defende uma greve geral para
parar a Copa, "Não vai ter Copa", mas por dentro do Espaço de Unidade
de Ação, na extrema esquerda da frente popular. A maioria da burocracia de
esquerda levantou a palavra de ordem "Na Copa vai ter luta", contra
as massas que falam "Não vai ter Copa".
Isso prova que as massas estão muito à frente dos burocratas de esquerda
que lutam agora para conter o ascenso. Afirma que lutar "na Copa"
significa atividade sem objetivo que não aponta nenhuma tarefa concreta para os
trabalhadores. Significa derrota para os trabalhadores, num momento em que a
Copa expressa tudo de podre e destrutivo no capitalismo em crise. Mas a luta
para parar a Copa já está acontecendo, e toda a classe está se manifestando por
essa reivindicação. A nossa tarefa é levantar essa bandeira e aprofundá-la
politicamente.
A luta contra a Copa do Mundo é parte do ascenso global dos trabalhadores
para não pagarem pela crise dos patrões
Se somando aos levantes mundiais no novo período de crises, apareceu o
movimento de massas contra a Copa do Mundo, em junho passado, no Brasil. Antes,
houve sinais de uma situação transitória: greves de professores e da construção
civil em todo o país, greve dos portuários e petroleiros, luta dos sem-tetos, o
levante dos bombeiros do Rio de Janeiro etc. No começo de 2013, o movimento da
juventude contra o aumento das tarifas do transporte público cresceu , até a Copa
das Confederações, que viu um grande aumento das manifestações de rua. As redes
sociais foram a chave para construir as manifestações. O levante foi uma
surpresa para todos, ninguém estava preparado. A palavra de ordem "Não vai
ter Copa" veio espontaneamente do movimento de massas. Nenhuma
organização propôs a palavra de ordem ao movimento.
Depos da manifestação nacional em 20 de julho, veio um chamado à Greve
Geral em 1° de julho. A burocracia sindical rapidamente se unificou para dizer
que a greve geral foi chamada pela "direita" e por
"fascistas", e que só ela poderia chamar uma greve geral. As centrais
sindicais, CSP Conlutas (controlada pelo PSTU) e Intersindical (controlada pelo
PSOL) fizeram "unidade de ação" com a CUT (controlada pelo governo/PT),
e com outras centrais patronais e burguesas (FS, UGT, Nova central etc), e
boicotaram a greve geral, chamando um "Dia Nacional de Luta" em 11 de
julho. A greve geral de 1° de julho não aconteceu. Mas, no dia 11, as massas
deixaram a burocracia sozinha fazendo as suas falsas manifestações, e fizeram
uma greve geral. O Rio Grande do Sul parou completamente. Muitas cidades do
país pararam. Depois do levante de junho, o movimento sempre cresceu.
Sem-tetos, jovens, moradores das favelas, o proletariado, os professores e os
motoristas de ônibus começaram greves. As greves dos professores e garis do Rio
de Janeiro e dos motoristas de ônibus de Porto Alegre provaram aos
trabalhadores brasileiros que as maiores conquistas foram ganhas contra a
política da burocracia sindical.
No mês anterior à Copa do Mundo, estamos vivendo uma onda de greves, e o
movimento "Não vai ter Copa" está crescendo
Para o movimento popular, que está à frente da maioria dos protestos, a
palavra de ordem "não vai ter
Copa" reflete as necessidades das pessoas que estão perdendo suas
casas e sendo excluídos por causa da Copa. Para o movimento operário, há
indignação e raiva crescentes porque os bilhões de reais gastos na Copa do
Mundo vão para os bolsos dos ricos, enquanto as condições de vida e trabalho só
pioram. O movimento de massas crescente não vai se limitar à Copa, mas também
vai criar muito protesto popular nas próximas eleições. Por exemplo, jovens
radicalizados como a FIP, que surgiu nas manifestações do Rio de Janeiro em
junho passado, levantaram a bandeira, "Não vai ter Copa nem eleição!"
A burocracia de esquerda é obrigada a aderir ao "Não vai ter
Copa", propondo, em vez da agitação das massas, palavras de ordem que
desviam a luta contra a Copa. "Copa pra quem?", "Se não tiver
direitos, não vai ter Copa", "Na Copa vai ter luta" etc. É tanta
a pressão vinda de baixo que a burocracia de esquerda, no seu Espaço de Unidade
de Ação, será forçada a chamar uma greve geral, mas já mostrou que vai tentar
contê-la.
A burocracia já está se preparando para isso. A CSP Conlutas (PSTU), no
Espaço de Unidade de Ação com a "esquerda" da CUT (CUT Pode Mais) fez
um encontro nacional para discutir a copa. Como dissemos, eles são contra a
palavra de ordem das massas, "Não vai ter Copa', e chamam por "Na
Copa vai ter luta", para lutar contra as "injustiças" da Copa.
Eles querem uma Copa limpa sem ataques aos trabalhadores e sem corrupção! Eles
alegam que a palavra de ordem das massas é muito radical. Mas ela veio do
movimento de massas e expressa claramente as suas necessidades. Nenhuma
organização ou programa pôde levantar essa palavra de ordem, porque sabem que
não podem controlar um movimento assim dentro da frente popular. Agora, querem
enfraquecer e conter as lutas para legislarem para reformar as
"injustiças" nas próximas eleições!
Preparar a Greve Geral!
Temos que levantar a palavra de ordem das massas e politizá-la. A greve
geral é o caminho para unir os trabalhadores com o movimento popular e a
juventude. Ela deve ser ligada ao não pagamento da dívida externa e da dívida
da Copa. Ela deve se unir com as greves nas indústrias, setor automobilístico,
educação, construção etc. Uma greve geral contra a Copa pode ser o meio para
unir todas as lutas isoladas. A greve geral é o caminho para unir a classe
trabalhadora no caminho para a revolução socialista. Ela torna possível
levantar reivindicações que vão permitir que os trabalhadores se unam e se
organizem para expropriar, ou seja, tomar de volta, a propriedade capitalista,
expropriada de gerações de trabalhadores e camponeses explorados.
Nas greves atuais já se debate a greve geral. A UIT-QI foi a primeira
organização a chamar a greve geral. Até as organizações ligadas ao governo
foram obrigadas a aderir ao movimento "Não vai ter Copa", como o MST,
apesar do governo ter criado o movimento "Vai ter Copa!" Somente
organizações centristas como o PCO, que cobrem o PT pela esquerda, não aderiram
ao movimento "Não vai ter Copa". Infelizmente, os que chamam a
unificação das greves atuais e lutam por uma greve geral não baseiam essa
unidade em parar a Copa, e sim na palavra de ordem reformista "Na Copa vai
ter luta", para continuarem assim a operar dentro do Espaço de Unidade de
Ação da burocracia de esquerda, e não romperem com a frente popular.
É por isso que isolar as greves do movimento para parar a Copa só ajuda
a união da frente popular! Por exemplo, a campanha da CCR (Corrente Comunista
Revolucionária) na APEOESP chama todos os professores a se unirem numa greve
geral, mas ignora a luta contra a Copa, que pode estender essa unidade a toda a
classe trabalhadora e tornar possível uma greve geral. Já se ouvem nas fileiras
dos que estão em greve, e são muitos, gritos de "Não vai ter Copa!" e
ameaças ao governo. Da mesma forma, a FLTI (Fração Leninista-Trotskista
Internacional), chamando a unidade de todas as lutas, se foca na indústria
automobilística, e ignora o movimento de massas contra a Copa, que é a chave
para unir toda a classe trabalhadora em uma greve geral.
O movimento contra a Copa é o que une os trabalhadores ao movimento
popular e à juventude, contra a maior expressão da aliança do governo de frente
popular com as grandes empresas e o imperialismo - a Copa do Mundo! O objetivo
da "esquerda burocrática" é desviar as massas para "lutas"
sem sentido que não vão a lugar nenhum a não ser as próximas eleições, onde ela
vai instalar a sua frente popular nos sindicatos como uma frente popular com o
governo e o PT. Os revolucionários têm o dever de expor as alas esquerdas da
frente popular e substituir os seus dirigentes traidores por um partido e um
programa capazes de abrir caminho para a revolução socialista!
Parar a Copa do Mundo!
Romper com a Frente Popular!
Não pagamento da dívida externa! Não pagar a dívida da Copa!
Salário mínimo vital, educação, saúde, moradia e previdência social
gratuitas!
Abaixo a frente popular do PSTU com a CUT e o governo do PT!
Unir todos os trabalhadores e camponeses em luta numa conferência
nacional para preparar a greve geral!
Construir conselhos e autodefesas operárias!
Por um partido revolucionário de massas e pelo programa revolucionário!
Por um novo Partido Mundial da Revolução Socialista!
Expropriar todas as propriedades imperialistas e capitalistas nacionais!
Instituir o controle operário da produção. Por um plano nacional de
produção para as necessidades, e não para o lucro!
Por um Governo Operário e Camponês e pelos Estados Unidos Socialistas
das Américas!
Escrito por um simpatizante brasileiro da LCC
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